quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em outubro estaremos completando 5 anos de existência...

E nesses quase 5 anos de existência, procuramos levar a toda comunidade caiense e municípios vizinhos, fatos que foram notícias e de interesse de toda a comunidade..
Inicialmente a intenção era abordar diversos assuntos em todas as áreas, mas, o fator político predominou e tomou conta do espaço. Isso não quer dizer que não possam ser abordados, publicados, quaisquer outros assuntos, desde que seja de interesse coletivo.
E em se tratando de política! Esse é um assunto que já toma conta das paginas de alguns jornais locais, então porque não abordar, postar algo nesse sentido?

Lembrando, em outubro estaremos de aniversario e queremos comemorar com você.

Informaremos o local e data do coquetel beneficente .

Participe, dê a sua opinião, comente e divulgue.

Eleição terá Darci contra Léo
São Sebastião do Caí
Atual prefeito e ex devem polarizar a disputa em outubro. Coalizão de partidos descarta a terceira via. Ao menos é este o cenário moldado no momento. Tudo indica para uma campanha polarizada entre Darci Lauermann e Léo Alberto Klein. Se a pré-candidatura de Darci já está confirmada, a oposição fechou em torno do ex-prefeito. Acordo neste sentido ocorreu na terça-feira da semana passada, 9, em encontro ocorrido no diretório do PSDB. Aliás, a sigla tucana já havia anunciado a pré-candidatura de Júlio César Campani, que agora deverá ser o vice na chapa. A reunião da semana passada também discutiu as alianças. Além do PP de Léo e do PSDB de Campani, a oposição tem certos os apoios de PPS, DEM, PR e PHS. O grupo também conta com o aval de pelo menos parte do PDT, restando ainda fechar com o PTB do vereador Alceu de Paula e ex-candidato a prefeito Luís Alberto Oliveira. A oposição também dá como certo o apoio de parte do PT, partido que tem alas divididas. O ex-prefeito Léo Klein valoriza a formação do bloco oposicionista.

Reforço estadual na campanha 

No esforço de mobilizar para a campanha, o PSDB caiense trouxe na semana passada a deputada estadual Zilá Breitenbach, que trabalhou na equipe da ex-governadora Yeda Crusius. “A Zilá veio para discutir os rumos da eleição e reforçar o apoio da executiva estadual ao nosso partido”, revelou Cassius Schiavini. O cenário político na região também foi avaliado.

Vice ainda é assunto indefinido no PMDB

Se o nome de Darci depende apenas da formalização para entrar na corrida pelo segundo mandato na Prefeitura, fica em aberto o cargo de vice. O rompimento com Pedro Diomar praticamente afasta a chance de a vaga ser preenchida pelo PT. Uma chapa pura é hoje uma possibilidade bastante real, e nomes como do vereador Clóvis Duarte estão no páreo. “Temos vários nomes dentro do PMDB que podem compor, mas estamos também conversando com outros partidos”, afirma Darci. Ele antecipa que a decisão se dará com base na afinidade com o projeto político. Darci revela que o PSDB lhe ligou para comunicar que a sigla tucana iria apoiar o opositor Léo Klein. Hoje, são aliados deste chamado bloco de centro-esquerda PT, PSB, PV e PRB, mas o PMDB também sonha em conseguir adeptos anunciados como de oposição, entre eles PDT e PTB. Darci acha que a população deve mesmo comparar o atual governo com o anterior.

PSB define apoio a Darci 

Embora o partido do vice-governador Beto Grill já constasse na lista da base de apoio do pré-candidato a reeleição Darci Lauermann, isso foi formalizado durante encontro da executiva do PSB realizada na terça-feira. Presidente da executiva socialista e tradicional adversário do prefeito, Pedro Griebler passa a ser um aliado de Darci Lauermann. Na semana passada, ele e outros membros da executiva estiveram em Porto Alegre, onde se reuniram com Beto Grill.

FONTE - http://www.primeirahoraweb.com.br/

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Catástrofes vergonhosas e gastanças obscenas

O início de cada ano-novo nos apresenta as mesmas imagens das catástrofes causados pelas secas e chuvas. Acidentes ocorrem em todos os lugares e são hoje agravados pela incômoda presença de uma não prevista "razão planetária" dentro do nosso mundinho individualista, construído debaixo do pressuposto de que somos motivados por uma racionalidade de interesses e desejos ilimitados. Alguém já disse que o individualismo só existe para ser perseguido pelo seu contrário. E o oposto de um individualismo consumista que beira a irresponsabilidade e o crime contra plantas, animais e clima é essa Terra que nos pariu, como diziam nossos esquecidos ancestrais, e que reage como uma totalidade na forma daquilo que chamamos de catástrofes porque a nossa cosmologia (fundada numa paradoxal fé científica) nos impede de concebê-la como uma pessoa.

Mas se todos os lugares estão sujeitos a acidentes nem todos respondem aos imprevistos de modo tão catastrófico como ocorre no Brasil. Para tanto, basta olhar o Japão ou qualquer país consciente de sua honra nacional. Pois se há acaso, deve haver prevenção, exceto no caso paradoxal desse nosso país abençoado por Deus, cuidado pelo lulo-petismo, e bonito por natureza. Somente aqui as chuvas nos mesmos lugares e períodos resultam no vergonhoso desamparo de suas vítimas. Esses dependentes de larápios que não têm o menor pudor em embolsar os recursos destinados a reparar o seu sofrimento. O que os acidentes revelam no Brasil é uma gastança obscena e clientelisticamente direcionada. Elas expõem a gulodice eleitoral cujo alvo é enriquecer e permanecer no poder. Seu traço típico é distribuir pelo parentesco e pelos elos partidários. E assim jamais conseguimos sair do reagir para o proagir. As catástrofes desmascaram uma obscena gastança.

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Elas também exibem a nossa profunda alergia ao republicanismo, pois os atingidos são sempre os "pobres": os que vivem na passividade cívica e que, graças a autoridades irresponsáveis, vivem em locais arriscados. Eles são o espelho de nossa alergia a igualdade que - levada a sério - nos obrigaria a optar por planejamentos urbanos destinados a todos. É ofensivo descobrir que "conjuntos populares" são construídos sem infraestrutura! Insulta testemunhar a ladainha dos aflitos conformados com a "vontade de Deus", sem a revolta contra os que foram eleitos para administrar a sua cidade e o seu Estado. Esse conformismo de raiz, mostra quanto somos penetrados por valores hierárquicos que constroem o mundo como sendo feito por superiores e inferiores - aqueles mandando em tudo; estes, destinados ao sofrimento e à dor.

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No Brasil, até a ideologia política moderna que, a partir da Revolução Francesa dividiu o mundo, como mostra o desconhecido estudo de J. A. Laponce entre "direita e esquerda", dentro de um projeto igualitário, foi desmantelada pelas hierarquias que desintegram ministérios inventados para integrar a nação. Tudo em nome do povo, mas, de fato, operando vertical e pessoalmente: em favor do partido X ou de Sicrano ou Beltrano. Mas, eis que surgem as catástrofes naturais para mostrar como as antigas verticalizações, que Laponce situa como típicas dos sistemas tradicionais (divididos entre os que lutam e governam, os que rezam e salvam e os que trabalham; entre irmão, parente, compadre, amigo e o resto), retornam e canibalizam as orientações de índole mais igualitária que estão nas leis e organogramas republicanos, mas que jamais foram inscritas no coração dos que mandam. Daí o absurdo quando se descobre que o ministério destinado a socorrer o País, apenas ajuda a região à qual pertence o seu ministro. E a vergonhosa revelação de que tudo o que foi construído - barragens, estradas, diques, etc... - se desmantelam nas primeiras chuvas porque foram malfeitas e sem dúvida (com as notáveis exceções de praxe) hiperfaturadas e construídas por empresários amigos de infância.

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A despeito de toda enxurrada modernizadora que tem corrido debaixo da ponte brasileira, continuamos a viver o dilema de construir uma sociedade coerente com uma nação republicana (como está no papel) ou de deformar a igualdade numa perversa hierarquia, na qual - como naquele famoso livro de Orwell, certos cargos são mais iguais do que outros. E, mais que isso, certos papéis sociais se confundem com seus ocupantes de modo que qualquer planejamento a longo prazo é impossível. O critério de nomeação é a família e a confiança; jamais a competência. Essa é a chave mestra - em que pese as ideologias - da administração pública à brasileira. O chamado nepotismo é o maior inimigo das rotinas administrativas responsáveis pelos ideais de justiça social. E sem rotinas, não há como ter instituições. Pois as instituições são animadas e dirigidas por meros mortais que passam, mas elas, como o Brasil, não devem morrer.